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Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): O que é, como afecta o corpo e como cuidar?

Saber que você tem SOP não define quem você é mas entender essa condição ajuda a cuidar melhor de si...

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Saber que você tem SOP não define quem você é mas
entender essa condição ajuda a cuidar melhor de si e a viver com mais
equilíbrio.

Por que falar
sobre SOP?

A Síndrome dos Ovários
Policísticos (SOP) é uma das condições hormonais mais comuns entre mulheres em
idade reprodutiva. Estima-se que 1 em cada 10 mulheres seja afectada por ela. Ainda
assim, muitas de nós descobrem que têm SOP sem nunca ter ouvido falar direito
do assunto. Por isso, este texto existe: para
que você entenda o que é a SOP, como ela funciona e, principalmente, como é
possível cuidar de si com mais consciência porque viver bem com SOP é, sim,
possível.

O que é a Síndrome dos Ovários Policísticos?

A SOP é uma condição hormonal que afecta o funcionamento
dos ovários. Quem tem SOP costuma apresentar um ou mais destes sinais:

<ul><li>Ovulação irregular ou ausência de ovulação;</li><li>Excesso de hormônios androgênicos (hormônios masculinos),
que podem causar acne e aumento de pelos;</li><li>Presença de múltiplos pequenos cistos nos ovários
(visíveis no ultrassom).</li></ul>

Importante: nem toda mulher com SOP tem
todos esses sintomas. E nem toda mulher com ovário “policístico” tem, de facto,
a síndrome. A SOP é um conjunto de sinais e sintomas e o diagnóstico deve ser
feito com cuidado por um profissional de saúde.

Como a SOP afecta o corpo?

1.     Os sintomas
mais comuns são:

<ul><li>Ciclos menstruais irregulares ou ausentes;</li><li>Dificuldade para engravidar (em alguns casos);</li><li>Acne persistente;</li><li>Aumento de pelos no rosto, peito ou abdômen;</li><li>Queda de cabelo no padrão masculino (em algumas
mulheres);</li><li>Ganho de peso ou dificuldade para emagrecer;</li><li>Manchas escuras na pele (acantose nigricans).</li></ul>

2.     A SOP
também está associada a um risco maior de:

<ul><li>Resistência à insulina e diabetes tipo 2;</li><li>Colesterol alterado;</li><li>Doença cardiovascular.</li><li>Por isso, cuidar da SOP é um cuidado com a saúde como um
todo.</li></ul>

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da SOP envolve:

Não existe um único exame que “comprove” a
SOP. É o conjunto de evidências que orienta o diagnóstico. Por isso, é
importante procurar um médico que tenha experiência no tema e que olhe para
você como um todo e não só para o ultrassom.

Como cuidar da SOP?

A SOP não tem uma “cura” definitiva, mas é totalmente
possível controlar os sintomas e viver bem com a condição.

<ul><li>Alimentação equilibrada, com foco em alimentos
anti-inflamatórios e com baixo índice glicêmico;</li><li>Actividade física regular, que ajuda a equilibrar os
hormônios e melhora a sensibilidade à insulina;</li><li>Controle do estresse.</li></ul>

<ul><li>Uso de anticoncepcionais ou outras medicações, quando
indicado;</li><li>Medicamentos para resistência à insulina (como
metformina), se necessário;</li><li>Monitoramento da saúde metabólica.</li></ul>

3.     Saúde
emocional

Viver com SOP pode afectar a autoestima e o bem-estar
emocional. Buscar apoio psicológico pode ser fundamental para lidar
com as mudanças no corpo e com o impacto emocional da condição.

Uma mensagem para quem tem SOP

Ter SOP não te define.

Não te torna menos mulher.

Não significa que você não pode engravidar se esse for o
seu desejo.

Não significa que você precisa viver em luta com o
próprio corpo.

Você pode viver bem com SOP.

Mas para isso, é essencial conhecer a condição, cuidar de
si com consciência e buscar apoio.

Lembre-se: o caminho é seu e você não está
sozinha.

Cuidar da SOP é um acto de amor por si mesma. E cada
passo conta. Comece com informação e siga com coragem.

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Endometriose: O que é, como afecta o corpo e como viver com ela?

Dor não é normal. E quando ela aparece mês após mês, atrapalha sua vida e o seu bem-estar, é um sina...

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Dor não é normal. E quando ela aparece mês após mês,
atrapalha sua vida e o seu bem-estar, é um sinal que merece ser escutado com
seriedade. Falar sobre endometriose é uma forma de romper o silêncio que tantas
mulheres enfrentam.

Por que precisamos falar sobre endometriose?

A endometriose afecta milhões de mulheres no mundo e
muitas nem sabem que têm a condição. Por anos, fomos ensinadas a “aguentar a
dor menstrual”, a normalizar cólicas incapacitantes, a achar que sofrer
durante o ciclo faz parte da vida. Mas não faz. Dor crônica não é normal. E
entender a endometriose é o primeiro passo para buscar um diagnóstico correcto,
um tratamento adequado e uma vida com mais qualidade.

O que é a endometriose?

A endometriose acontece quando tecido semelhante ao
endométrio (o revestimento que recobre o útero) cresce fora do útero, em locais
como:

<ul><li>Trompas de Falópio;</li><li>Ovários;</li><li>Peritônio (membrana que reveste a cavidade abdominal);</li><li>Intestino;</li><li>Bexiga.</li></ul>

Esse tecido, mesmo fora do útero, responde aos hormônios
do ciclo menstrual ele se espessa, inflama e pode sangrar, mas não tem por onde
ser eliminado. Isso gera:

<ul><li>Inflamação crônica;</li><li>Aderências (tecidos grudados entre si);</li><li>Formação de cistos;</li><li>Dor intensa.</li></ul>

Quais são os sintomas da endometriose?

Os sintomas variam de mulher para mulher, mas os mais
comuns incluem:

<ul><li>Cólicas menstruais muito fortes, que pioram com o tempo;</li><li>Dor pélvica crônica (não só durante a menstruação);</li><li>Dor durante ou após relações sexuais;</li><li>Dor ao urinar ou evacuar, especialmente durante o período
menstrual;</li><li>Sangramento menstrual intenso ou irregular;</li><li>Dificuldade para engravidar (em cerca de 30 a 50% das
mulheres com endometriose);</li><li>Fadiga, cansaço persistente.</li></ul>

Importante: algumas mulheres com endometriose não sentem
dor intensa. Por isso, o diagnóstico deve ser cuidadoso.

Como é feito o
diagnóstico?

O diagnóstico da endometriose costuma envolver:

<ul><li>Avaliação dos sintomas clínicos;</li><li>Exame físico;</li><li>Exames de imagem (ultrassom transvaginal com preparo
específico, ressonância magnética);</li><li>Em alguns casos, laparoscopia diagnóstica.</li></ul>

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar
complicações e melhorar a qualidade de vida.

Como é o tratamento?

A endometriose não tem “cura”, mas é possível controlar
os sintomas e reduzir o impacto da doença. O tratamento é sempre
individualizado, e pode incluir:

1.     Tratamento
medicamentoso

<ul><li>Anticoncepcionais hormonais;</li><li>Progesterona isolada;</li><li>Análogos do GnRH.</li></ul>

2.     Cirurgia

<ul><li>Em casos de dor severa ou quando há comprometimento de
órgãos.</li><li>A laparoscopia é o procedimento mais utilizado para
remover focos de endometriose.</li></ul>

3.     Cuidados
complementares

<ul><li>Fisioterapia pélvica;</li><li>Alimentação anti-inflamatória;</li><li>Práticas de redução do estresse (yoga, mindfulness,
terapia).</li></ul>

O acompanhamento psicológico também é recomendado, pois a
endometriose afecta não só o corpo, mas a vida emocional e relacional da
mulher.

Viver com endometriose

Receber o diagnóstico de endometriose pode ser
assustador. Mas com tratamento adequado e um olhar integral para a saúde, é
possível:

<ul><li>Reduzir a dor;</li><li>Recuperar a qualidade de vida;</li><li>Preservar a fertilidade (quando é um desejo);</li><li>Viver com mais autonomia e bem-estar.</li><li>Você não precisa atravessar essa jornada sozinha.</li><li>Buscar informação, apoio e tratamento é um acto de
autocuidado e de força.</li></ul>

Dor não é normal. Falar sobre endometriose é um acto de
respeito por si mesma e por tantas outras mulheres que ainda vivem em silêncio.

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